Um événement: foi isso que aconteceu no
Anjo da Guarda domingo, 14 de Julho - data interessante para refletir sobre
revolução, liberdade, fraternidade e igualdade. Existia ali um quê de revolução, ou de
reboliço. Duas companhias de teatro se apresentando na periferia de São Luís com
os espetáculos A Carroça é Nossa (Xama
Teatro) e Nego Cosme (Cena Aberta).
Grupos parceiros da Petite Mort.
A empreitada do
Grupo Grita (que cedeu o espaço e os técnicos) nos possibilita refletir
sobre as alternativas para fruição da produção teatral no Maranhão - terra em
que a medida peça por espectador quadrado
ainda causa um pouco de contradição.
O mecanismo pecinha + divulgação = espero, Deus, que
eles venham, já cai um pouco por terra. Se quisermos atingir um público que
não vê teatro como uma necessidade, como um bem, ou seja, se não podemos, no
Maranhão, dizer “Bicho, para onde vamos
hoje? Cinema? Bar? Teatro?”, a dinâmica precisa mudar. A boa solução é juntar os grupos e fazer
eventos dessa natureza. Vários espetáculos num só dia. Três dias de
espetáculos. Uma oficina ali, outra lá, e toma mais espetáculo!
A tática:
ganhar pelo cansaço. A palavra é forte, sei... Mas vivemos numa época em que a
constância dita as regras. Novelas, geralmente, não são boas, mas estão lá,
todo santo dia. É uma “malhação” que se faz no espírito. Tratando-se de esporte,
portanto, o que vale? Frequência e explosão - o happening, que traduzido no
inglês fica mais ou menos assim: “um tipo de exposição que gera um certo bafafá”.
Essa é a dinâmica do mundo midiático que nós temos que assimilar. Muitas pessoas só conseguem serem ouvidas quando se unem para falar a mesma frase e por muito tempo - e bem alto! Vimos isso acontecer no Brasil, quando o “gigante” acordou, não é, gigante? Ei, gigante! Ei! Acorda! Ah, desculpe, tive a impressão que vossa senhoria estava cochilando...
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