"Pequena morte (Petite Mort), chamam em França, a culminação do abraço que, ao quebrar-nos faz por juntar-nos, perdendo-nos faz por nos encontrar e acabando conosco nos principia. Pequena morte, dizem; mas grande, muito grande haverá de ser, se ao nos matar nos nasce." Eduardo Galeano
quinta-feira, 25 de julho de 2013
LE BAISER
"Minha pátria, minha língua", dizia Pessoa. Várias línguas, inúmeros meios de dizer "eu, tu, ele, nós etc.". O pensamento tem sua topografia. Sentir é poder explorá-la. Tem ciência mais bonita do que a geografia? Talvez, nos calhamaços da escola, tal beleza não se encontre. Mas o tempo é feito de terra, areia, rocha, vento, mar. A língua tem isso. O paladar, o sabor da palavra que sai da boca, se afunila no ouvido e sopra no cérebro. Isso é relevo. A linguagem é selva; o verso, uma aventura! Poder falar é embarcar neste oceano. Uma das razões de ser poliglota é a ter mais possibilidades de meter o nariz onde não se é chamado. Um motivo para escrever é tentar seduzir aquilo que já te seduziu! São línguas e línguas!
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